Sua carreira começou bem cedo, nas divisões de base do Nacional Atlético Clube da capital paulista
e, com apenas 15 anos de idade, profissionalizou-se no Juventus da Moóca.
Félix ficou no Juventus até 1955, quando foi contratado pela Portuguesa de Desportos no dia 23 de julho
de 1955. Sua estréia só veio acontecer, no dia 26 de março de 1956, no Torneio Rio-São Paulo Internacional, pois Cabeção estava
defendendo a seleção e Félix jogou na vitória de 2 a 1 contra o Newell´s Old Boys, da Argentina.
Com a saída de Cabeção em 1957, a Portuguesa contratou no ano seguinte o goleiro Carlos Alberto, que
havia jogado no Vasco da Gama. Félix passou a treinar com os aspirantes e foi campeão paulista em 1957. Depois foi emprestado
ao Nacional, da capital paulista.
Retornou à Portuguesa no final de 1960, a pedido do treinador Nena, e assim finalmente, vestiu a camisa
número 1 da Lusa. Foi titular absoluto de 1961 até 1963.
De 1964 até 1968, Félix passou a revezar com Orlando, que havia sido contratado junto ao São Cristóvão
do Rio de Janeiro. Em 1964, a Portuguesa foi convidada para tomar parte nos eventos ligados à Feira Internacional de Nova
York, e teve de enfrentar em Massachusetts, uma seleção local. O time da Portuguesa era respeitável, com Ivair (o príncipe),
Henrique Frade, Almir e o campeão mundial Dida entre outros. O jogo estava tão fácil que, quando já estava 9 a 0, Orlando
entrou no gol e Félix, em vez de deixar o campo, decidiu jogar no ataque. Após um cruzamento de Almir pela direita, Félix
entrou na área e marcou o décimo gol. O jogo acabou 12 a 1.
Jogando pela Portuguesa, disputou quatro partidas pela seleção brasileira. Estreou no Pacaembu, em
21 de novembro de 1965 (domingo à noite), defendendo a chamada “seleção azul” na vitória de 5 a 3 sobre a Hungria.
Esta seleção era composta somente por jogadores paulistas, que neste dia jogou desta maneira: Félix, Carlos Alberto, Djalma
Dias, Procópio e Edílson; Lima e Nair; Marcos, Prado, Servilio e Abel. Félix também Disputou a Copa Roca em Montevidéu, contra
o Uruguai, entre 25 de junho e 1º de julho de 1967, em três empates (0 a 0, 2 a 2 e 1 a 1).A sua despedida pela Portuguesa,
aconteceu no dia 3 de março de 1968, quando enfrentou o São Paulo F.C. e empatou em 0 a 0. Foi vendido para o Fluminense do
Rio de Janeiro, no dia 20 de julho de 1968, um dia antes do aniversário de 66 anos do Tricolor, por Cr$ 150 mil.
Pela Seleção Brasileira, Félix disputou 48 partidas, conquistando o bicampeonato da Copa Rio Branco
em 1967 e 1968 e o tricampeonato mundial de 1970.
Pelo Fluminense, Félix foi campeão carioca em 1969, 1971, 1973 e 1975, além de campeão da Taça de Prata
em 1970, e de diversos outros torneios,tendo sido indicado para o tricolor por ninguém menos do que Telê Santana.
Uma de suas defesas mais espetaculares, aconteceu na vitória do Fluminense sobre o Botafogo por 2 a
1, pela Taça Guanabara de 1975, no dia 21 de abril, quando o atacante alvi-negro Nilson Dias, matou a bola no peito na meia-lua
da grande área, e de costas para o gol, deu uma bicicleta, com Félix saltando do meio do gol e encaixando a bola no ângulo
direito, perante 109.705 espectadores pagantes, garantindo a vitória e a classificação do Tricolor para a final da Taça Guanabara
contra o América, quando o Fluminense se sagraria campeão.
Félix jogou no Fluminense até 1976, quando resolveu encerrar sua carreira no dia 23 de janeiro de 1976,
após o diagnóstico de uma calcificação de 7cm no ombro direito.
O seu apelido era "Papel" devido a sua magreza e aos vôos espetaculares que dava para agarrar a bola
(voava como um papel.....).
Depois que encerrou sua carreira futebolística, Félix foi diretor comercial de uma empresa cujo proprietário
era seu genro, casado com Lígia, uma das três filhas. Atualmente coordena uma escolinha de futebol comunitária, voltada para
as crianças carentes, além de passar sua experiência dentro e fora dos gramados, em palestras para empresas e faculdades.
Em 2007, assumiu o cargo de diretor técnico da Internacional de Limeira, que disputou a Série A-2 do Campeonato Paulista,
tendo passado antes em Categorias de Base de alguns clubes e ter se aposentado como preparador de goleiros do Fluminense ainda
em 1977, onde ficou ainda até 1980.